segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Servos

Servos


Capítulo 6:5-8 – “Servos” deveria ser traduzido “escravos”. As instruções aqui são para os dessa classe que tinham sido salvos. Consequentemente, eles eram escravos Cristãos. Enquanto os relacionamentos prévios de esposas/maridos, e filhos/pais são ordenações de Deus, esta posição em vida não é uma instituição de Deus. Isso aconteceu pela queda do homem. Era uma instituição humana forçada sobre seu parceiro por razões injustas. Deus nunca instituiu que alguém devesse ser escravo de outro homem.
                   É significativo que Paulo não tenta acertar esse relacionamento senhores/escravos feito pelo homem. Cristianismo não é uma tentativa de reformar a sociedade com uma revolução contra essa terrível instituição do homem. Paulo não pediu aos santos para fazerem campanha contra isso, ou dissolverem tais relacionamentos se eles estivessem neles. Isto é porque o evangelho não é uma força para consertar o mundo; o evangelho chama para fora a todos os que têm fé antes que o julgamento de Deus caia sobre o mundo. O evangelho proclama libertação, não das injustiças da sociedade, mas do pecado e do julgamento. Promete a obra do “poder de Deus” nas vidas daqueles que creem, libertando-os do domínio do pecado (Rm 1:16).
                   Podemos nos perguntar como uma passagem como essa teria alguma relevância para nós, em pleno século 21 onde a escravidão foi abolida há muito tempo. Contudo, as exortações aqui têm sua aplicação aos Cristãos no local de trabalho. Quando trabalhamos como empregados, em princípio, estamos no lugar de um servo, servindo nosso senhor, o empregador. Portanto, estas instruções se aplicam quando estamos neste relacionamento.
                   O ponto fundamental do apóstolo nestas instruções é que ambos, servos e senhores, devem regular suas condutas pelo padrão e princípios Cristãos no local de trabalho. Cristianismo encoraja glorificar a Deus e servir ao Senhor no lugar onde nós fomos chamados (1 Co 7:17-24). O local de trabalho é uma tremenda oportunidade para dar testemunho de Cristo por meio de nossos hábitos de trabalho, nossa maneira de viver e nossa obediência a nossos empregadores terrenais. Portanto, Paulo queria que servíssemos aos senhores em nosso local de trabalho “como servos de Cristo”. O trabalho é imensamente dignificante, considerando o nosso trabalho desse modo. A tarefa do trabalhador mais humilde pode ser enobrecida pela compreensão de que estamos realmente “servindo de boa vontade como ao Senhor”.
                   Atitude apropriada no campo do trabalho entre Cristãos requer, da parte de servos e senhores, o reconhecimento da autoridade constituída. O dever dos servos é obediência. Não “servindo à vista” ou “como para agradar aos homens”. Servir à vista é trabalhar quando estamos sendo vistos, mas caso contrário, ficar ociosos ou descuidados quando o senhor está ausente. Agradar aos homens define aqueles que buscam obter favores com seus senhores visando vantagem própria. Estas coisas, claro, somente estragam nosso testemunho Cristão perante o mundo.

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