segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Maridos



Maridos

Cap. 5:25-33 – Como mencionado, homens são mais propensos que a mulher a falhar em afeição, portanto, maridos são exortados: “amai vossas mulheres”. O primeiro passo repousa sobre o marido. Cristo é o exemplo. Ele tomou a iniciativa da maneira mais maravilhosa. É dito, “Como também Cristo amou a Igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela”. Ele não deu dinheiro ou posses; Ele Se deu “a Si mesmo” (Gl 1:4; Ef 5:2, 25; 1 Tm 2:5-6; Tt 2:14). Ele não poderia ter dado mais. Esta é a maior demonstração de sacrifício próprio que poderia haver. Já que os maridos devem amar suas esposas “como” Cristo amou a Igreja, eles devem expressar seu amor não só em palavras, mas também sacrificando seus próprios interesses para o bem e auxílio de sua esposa. Um casamento pode ser feito no céu (como alguns falam,), mas a sua manutenção é feita na Terra – e isso começa com os maridos amando suas mulheres.
                   A palavra grega usada aqui para amor é “ágape”. É um amor que emana de uma disposição estabelecida; é uma escolha ou uma decisão estabelecida. A palavra usada aqui para “amor” não é “phileo”, como talvez pudéssemos pensar, que é um amor de afeição e emoção. Ágape é o tipo de amor necessário para um casamento duradouro. Certamente o marido deve amar sua esposa com emoção e afeição, como é em “phileo”, mas o amor ágape é o que é necessário para levar o casamento à distância de uma vida. A esposa pode mudar conforme envelhece, mas a escolha do seu marido de amá-la continuará para sempre.
                   Ágape é o tipo de “amor” que o Senhor tem por nós. Ele escolheu colocar Seu amor em nós quando naturalmente não havia nada em nós para amar (Rm 5:8). Foi uma escolha soberana d’Ele. (Compare também o amor do Senhor por Israel – Dt 7:7-8; Ez 16:6-14). Nota: Ele não fez a Igreja digna de ser amada, para então a amar e Se dar a Si mesmo por ela – Seu amor e Sua entrega foram antes de nos salvar! O propósito do sacrifício de Cristo não era para assegurar o amor de Deus para com os homens, pois Deus nos amou muito antes de Cristo ter morrido por nós. De fato, Deus agir em amor para com os homens foi provado pelo sacrifício de Cristo. Este é o tipo de amor que é necessário para um casamento duradouro.
                   O “amor” de Cristo pela a Igreja é tripartido. Há o que Seu amor fez no passado (v. 25), o que Seu amor está fazendo no presente (v. 26), e o que Seu amor fará no futuro (v. 27). Seu amor por nós no passado O levou a Se entregar Si mesmo à morte para fazer expiação por nossas almas. No tempo presente, Ele está pacientemente trabalhando com os membros de Seu corpo para os “santificar” e “purificar” com a “lavagem da água, pela Palavra”. Derramando Seu sangue na morte, nos limpou num sentido judicial (1 Jo 1:7; Ap 1:5-6), mas com a água da Palavra está purificando nosso andar num sentido prático. A “Palavra” descobre para nós o que somos e nos leva ao julgamento próprio (Jo 17:17) e nos ocupa com Cristo em glória (Jo 17:19). Estas duas coisas são o poder para nossa purificação prática. Então, no futuro, o Senhor vai “apresentar” a Igreja a Si mesmo. Isto acontecerá na “ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19:7-9). Ele apresentará a Igreja a Si mesmo antes de apresentá-la ao mundo na Sua Aparição (2 Ts 1:10).
                   Não devemos deduzir disso que os maridos devam empreender um projeto de purificação e santificação das suas esposas, no sentido de tentar mudá-las e moldá-las em algo que elas não são. O modelo de Cristo e Seu amor é apresentado aqui como um exemplo, aos maridos, da profundidade de Sua devoção à Igreja. Nós, como maridos, devemos ter esse mesmo amor e cuidado para com nossas esposas.
                   O Senhor não ficará satisfeito até a Igreja estar perfeitamente adequada a Si mesmo. Paulo menciona quatro coisas que Sua obra fez e produzirá em nós (v. 27) No final, nós seremos “a Igreja gloriosa”:

  • “Sem mácula” – sem manchas. Máculas na Escritura referem-se a falhas. Naquele dia, nenhum vestígio de falha será visto na Igreja.
  • “Sem ruga” – sem idade. Não haverá sinais de envelhecimento. Todos seremos “semelhantes” ao Senhor, moralmente (1 Jo 3:2) e fisicamente (Fp 3:21). Ele estará no “orvalho” de Sua mocidade e nós estaremos também (Sl 110:3)
  • “Santa” – sem pecado. A natureza caída será erradicada, e nós nunca mais pecaremos.
  • “Irrepreensível” – inculpável. O mundo não será capaz de apontar com justiça um dedo de acusação para nós, pois seremos perfeitos por meio de Sua incomparável graça.

                   Vs. 29-30 – AIBB – Nutrir tem o sentido de alimentar e fortalecer, e isso pode sugerir que devamos gozar da verdade com nossas esposas enquanto estudamos a Palavra de Deus juntos. Prezar implica sério cuidado, amor, e consideração. Essas coisas fazem um casamento feliz. É fácil perceber que se o marido dá a sua esposa o devido amor, ela não terá muita dificuldade em ser submissa a ele.

Um Sétuplo Resumo da Grande Obra de Cristo para Assegurar a Igreja para Si

A iniciativa sétupla de Cristo para a Igreja, indicando Sua devoção completa para o bem estar dela é algo progressivo. Ele:
  • 1)      “amou” (v. 25).
  • 2)      “entregou” (v. 25).
  • 3)      “santifica” (v. 26).
  • 4)      “purifica” (v. 26).
  • 5)      “nutre” (v. 29 – AIBB).
  • 6)      “preza” (v. 29 – AIBB).
  • 7)      “apresentará” a Igreja a Si mesmo (v. 27).


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