Servos
Capítulo
6:5-8 – “Servos” deveria ser
traduzido “escravos”. As instruções
aqui são para os dessa classe que tinham sido salvos. Consequentemente, eles
eram escravos Cristãos. Enquanto os relacionamentos prévios de esposas/maridos,
e filhos/pais são ordenações de Deus, esta posição em vida não é uma
instituição de Deus. Isso aconteceu pela queda do homem. Era uma instituição humana
forçada sobre seu parceiro por razões injustas. Deus nunca instituiu que alguém
devesse ser escravo de outro homem.
É significativo que Paulo não
tenta acertar esse relacionamento senhores/escravos feito pelo homem. Cristianismo
não é uma tentativa de reformar a sociedade com uma revolução contra essa
terrível instituição do homem. Paulo não pediu aos santos para fazerem campanha
contra isso, ou dissolverem tais relacionamentos se eles estivessem neles. Isto
é porque o evangelho não é uma força para consertar o mundo; o evangelho chama
para fora a todos os que têm fé antes que o julgamento de Deus caia sobre o
mundo. O evangelho proclama libertação, não das injustiças da sociedade, mas do
pecado e do julgamento. Promete a obra do “poder
de Deus” nas vidas daqueles que creem, libertando-os do domínio do pecado (Rm
1:16).
Podemos nos perguntar como
uma passagem como essa teria alguma relevância para nós, em pleno século 21
onde a escravidão foi abolida há muito tempo. Contudo, as exortações aqui têm
sua aplicação aos Cristãos no local de trabalho. Quando trabalhamos como
empregados, em princípio, estamos no lugar de
um servo, servindo nosso senhor, o empregador. Portanto, estas instruções se aplicam
quando estamos neste relacionamento.
O ponto fundamental do apóstolo
nestas instruções é que ambos, servos e senhores, devem regular suas condutas
pelo padrão e princípios Cristãos no local de trabalho. Cristianismo encoraja
glorificar a Deus e servir ao Senhor no lugar onde nós fomos chamados (1 Co
7:17-24). O local de trabalho é uma tremenda oportunidade para dar testemunho de
Cristo por meio de nossos hábitos de trabalho, nossa maneira de viver e nossa
obediência a nossos empregadores terrenais. Portanto, Paulo queria que servíssemos
aos senhores em nosso local de trabalho “como
servos de Cristo”. O trabalho é imensamente dignificante, considerando o
nosso trabalho desse modo. A tarefa do trabalhador mais humilde pode ser
enobrecida pela compreensão de que estamos realmente “servindo de boa vontade como
ao Senhor”.
Atitude apropriada no campo
do trabalho entre Cristãos requer, da parte de servos e senhores, o
reconhecimento da autoridade constituída. O dever dos servos é obediência. Não “servindo à vista” ou “como para agradar aos homens”. Servir à
vista é trabalhar quando estamos sendo vistos, mas caso contrário, ficar ociosos
ou descuidados quando o senhor está ausente. Agradar aos homens define aqueles
que buscam obter favores com seus senhores visando vantagem própria. Estas
coisas, claro, somente estragam nosso testemunho Cristão perante o mundo.
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