domingo, 12 de agosto de 2018

Andar na luz


Andar Na Luz

Cap. 5:8-14 – Nos primeiros sete versículos o atributo moral que o apóstolo teria para os filhos de Deus manifestar é “amor”. Nesta próxima série de versículos o atributo moral que ele foca é “luz”. Ele emprega as figuras de “luz” e “trevas” para enfatizar a importância do crente andar em separação do mal.
                   Vs. 8-10 – Ele disse, “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor”. Trevas implica a ausência do conhecimento de Deus – ignorância total da vontade divina. Os santos de Éfeso não estavam somente nas trevas nos seus dias de não convertidos; eles próprios eram “trevas”. Agora que eles eram salvos, deveria haver um evidente contraste em suas vidas em relação a tudo aquilo que eles foram. A verdade do evangelho penetrou em suas almas e transformou suas vidas. A luz de Deus os iluminou moral e espiritualmente. Não só eles estavam na luz; agora eles eram “luz no Senhor”.
                   Paulo emprega estas figuras de luz e trevas para mostrar que nossa nova vida no Senhor é completamente oposta à nossa velha vida na carne. Como são opostas e não podem viver juntas. Se a luz se manifesta, as trevas desaparecem. Como as duas são incompatíveis, para sermos consistentes com o que somos, o apóstolo insiste na separação em nossas vidas. Somos “luz no Senhor”, portanto, devemos andar “como filhos da luz” (v. 8). Devemos praticar o que efetivamente somos na realidade. Essa é uma das grandes diferenças entre a Lei e o evangelho. A Lei demanda os homens serem o que eles não são; o evangelho exorta os crentes a serem o que eles são. Para não deixar dúvidas do que a luz produz nas vidas dos santos, ele diz num parêntese, “(Porque o fruto da luz [não “do Espírito” como na ARC] está em toda a bondade, e justiça e verdade)” (v. 9 – ATB). Quando estas coisas são manifestadas em nossas vidas, iremos provar por experiência “o que é agradável ao Senhor” (v. 10).
                   Vs. 11-13 – No versículo 7 somos avisados quanto a ter comunhão com maus obreiros deste mundo, mas no versículo 11 somos avisados quanto a ter comunhão com suas más obras. De novo, separação é ordenada ao crente. É-nos dito a não termos comunhão “com as obras infrutuosas das trevas”. Separando-nos de todas elas, nossas vidas, como luz, tornam “expostas” (JND) essas más obras (v. 13). A versão KJV traduz “exposta” como “reprovadas”, o que implica admoestação e repreensão de pessoas más e coisas más. Mas não é exatamente ao que o apóstolo está se referindo aqui. Não é o testemunho que falamos, mas o testemunho que vivemos que ele está enfatizando aqui. Expondo as infrutuosas obras das trevas não é denunciar cada prática má no mundo, falando sobre elas. É, em vez disso, andar em separação delas, pela qual a luz em nós brilhará mais intensa e distintamente. Isso vai expor tudo com o que entramos em contato. Falar sobre a corrupção, mesmo que seja para repreendê-la, nos corromperá. Por esta razão Paulo disse, “Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe [vergonhoso - AIBB] (v. 12). O ponto de Paulo aqui é que não precisamos falar sobre o mal para expô-lo. Ele disse, “Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas, pela luz, porque a luz tudo manifesta” (v. 13). Nossa responsabilidade é de deixar a luz brilhar, e ela vai expor tudo.

                   V. 14 – Esta necessidade de separação do mal era a preocupação do apóstolo. Havia o perigo de os santos de Éfeso não andarem em separação, e não haveria poder suficiente no testemunho deles para o Senhor. Portanto, ele dá a exortação necessária, “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”. A imagem de alguém dormindo entre os mortos é uma imagem apropriada dum crente vivendo em comunhão com aqueles que estão perdidos. Um homem adormecido e um homem morto se parecem quase iguais. Apesar de um estar vivo e o outro não, todas as aparências externas são semelhantes. Isso fala de uma falha na separação prática na vida de um crente. Num tal estado ele certamente não manifestará a luz. É apenas por se levantar de entre os mortos que temos a promessa de que “Cristo te esclarecerá [iluminará – ARA]. O Senhor não Se identificará conosco em testemunho enquanto estivermos deitados entre os espiritualmente mortos. Mas quando nos separamos e nos levantamos de entre eles, Ele brilha sobre nós, e manifestaremos nosso caráter verdadeiro como uma poderosa e brilhante luz.

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