Maridos
Cap.
5:25-33 – Como mencionado, homens são mais propensos que a mulher a falhar em
afeição, portanto, maridos são exortados: “amai
vossas mulheres”. O primeiro passo repousa sobre o marido. Cristo é o
exemplo. Ele tomou a iniciativa da maneira mais maravilhosa. É dito, “Como também Cristo amou a Igreja,
e a Si mesmo Se entregou por ela”. Ele não deu dinheiro ou posses; Ele Se deu
“a Si mesmo” (Gl 1:4; Ef 5:2, 25; 1 Tm
2:5-6; Tt 2:14). Ele não poderia ter dado mais. Esta é a maior demonstração de sacrifício
próprio que poderia haver. Já que os maridos devem amar suas esposas “como” Cristo amou a Igreja, eles devem
expressar seu amor não só em palavras, mas também sacrificando seus próprios
interesses para o bem e auxílio de sua esposa. Um casamento pode ser feito no
céu (como alguns falam,), mas a sua manutenção é feita na Terra – e isso começa
com os maridos amando suas mulheres.
A palavra grega usada aqui para
amor é “ágape”. É um amor que emana
de uma disposição estabelecida; é uma escolha ou uma decisão estabelecida. A
palavra usada aqui para “amor” não é
“phileo”, como talvez pudéssemos pensar,
que é um amor de afeição e emoção. Ágape
é o tipo de amor necessário para um casamento duradouro. Certamente o marido
deve amar sua esposa com emoção e afeição, como é em “phileo”, mas o amor ágape
é o que é necessário para levar o casamento à distância de uma vida. A esposa
pode mudar conforme envelhece, mas a escolha do seu marido de amá-la continuará
para sempre.
Ágape
é o tipo de “amor” que o Senhor tem
por nós. Ele escolheu colocar Seu amor em nós quando naturalmente não havia
nada em nós para amar (Rm 5:8). Foi uma escolha soberana d’Ele. (Compare também
o amor do Senhor por Israel – Dt 7:7-8; Ez 16:6-14). Nota: Ele não fez a Igreja
digna de ser amada, para então a amar e Se dar a Si mesmo por ela – Seu amor e Sua
entrega foram antes de nos salvar! O
propósito do sacrifício de Cristo não era para assegurar o amor de Deus para com
os homens, pois Deus nos amou muito antes de Cristo ter morrido por nós. De
fato, Deus agir em amor para com os homens foi provado pelo sacrifício de
Cristo. Este é o tipo de amor que é necessário para um casamento duradouro.
O “amor” de Cristo pela a Igreja é tripartido. Há o que Seu amor fez no passado (v. 25), o que Seu amor está fazendo no presente (v. 26), e o que Seu amor fará no futuro (v. 27). Seu amor por nós no passado O levou a Se entregar
Si mesmo à morte para fazer expiação por nossas almas. No tempo presente, Ele
está pacientemente trabalhando com os membros de Seu corpo para os “santificar” e “purificar” com a “lavagem
da água, pela Palavra”. Derramando Seu sangue na morte, nos limpou num
sentido judicial (1 Jo 1:7; Ap 1:5-6), mas com a água da Palavra está
purificando nosso andar num sentido prático. A “Palavra” descobre para nós o que somos e nos leva ao julgamento
próprio (Jo 17:17) e nos ocupa com Cristo em glória (Jo 17:19). Estas duas
coisas são o poder para nossa purificação prática. Então, no futuro, o Senhor
vai “apresentar” a Igreja a Si mesmo.
Isto acontecerá na “ceia das bodas do
Cordeiro” (Ap 19:7-9). Ele apresentará a Igreja a Si mesmo antes de
apresentá-la ao mundo na Sua Aparição (2 Ts 1:10).
Não devemos deduzir disso que
os maridos devam empreender um projeto de purificação e santificação das suas
esposas, no sentido de tentar mudá-las e moldá-las em algo que elas não são. O
modelo de Cristo e Seu amor é apresentado aqui como um exemplo, aos maridos, da
profundidade de Sua devoção à Igreja. Nós, como maridos, devemos ter esse mesmo
amor e cuidado para com nossas esposas.
O Senhor não ficará
satisfeito até a Igreja estar perfeitamente adequada a Si mesmo. Paulo menciona
quatro coisas que Sua obra fez e
produzirá em nós (v. 27) No final, nós seremos “a Igreja gloriosa”:
- “Sem mácula” – sem manchas. Máculas na Escritura referem-se a falhas. Naquele dia, nenhum vestígio de falha será visto na Igreja.
- “Sem ruga” – sem idade. Não haverá sinais de envelhecimento. Todos seremos “semelhantes” ao Senhor, moralmente (1 Jo 3:2) e fisicamente (Fp 3:21). Ele estará no “orvalho” de Sua mocidade e nós estaremos também (Sl 110:3)
- “Santa” – sem pecado. A natureza caída será erradicada, e nós nunca mais pecaremos.
- “Irrepreensível” – inculpável. O mundo não será capaz de apontar com justiça um dedo de acusação para nós, pois seremos perfeitos por meio de Sua incomparável graça.
Vs. 29-30 – AIBB – Nutrir tem o sentido de alimentar e fortalecer,
e isso pode sugerir que devamos gozar da verdade com nossas esposas enquanto
estudamos a Palavra de Deus juntos. Prezar
implica sério cuidado, amor, e consideração. Essas coisas fazem um casamento
feliz. É fácil perceber que se o marido dá a sua esposa o devido amor, ela não
terá muita dificuldade em ser submissa a ele.
Um Sétuplo Resumo da Grande Obra de
Cristo para Assegurar a Igreja para Si
A
iniciativa sétupla de Cristo para a Igreja, indicando Sua devoção completa para
o bem estar dela é algo progressivo. Ele:
- 1) “amou” (v. 25).
- 2) “entregou” (v. 25).
- 3) “santifica” (v. 26).
- 4) “purifica” (v. 26).
- 5) “nutre” (v. 29 – AIBB).
- 6) “preza” (v. 29 – AIBB).
- 7) “apresentará” a Igreja a Si mesmo (v. 27).
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