sábado, 11 de agosto de 2018

Justa ira contra o mal em vez de indiferença a ele


Justa ira contra o mal em vez de indiferença a ele


Vs. 26-27 – Deveria haver uma justa ira inabalável contra o mal, em vez de indiferença a ele. Há dois tipos de ira nestes versículos: uma é correta e apropriada e a outra não. O versículo 26 está falando de justa ira, que não é pecado, mas o versículo 31 está falando sobre ira carnal, a qual não é nada mais senão pecado.
                   É dito no versículo 26: “irai-vos”. Isto não poderia ser algo pecaminoso, pois Deus jamais nos diria para fazer algo mal. É dito que o próprio Deus está irado desta maneira. O salmo 7:11 diz: “Um Deus que Se ira todos os dias” (Veja também 1 Rs 11:9). Esse tipo de ira a que Paulo está se referindo é, claro, a justa indignação contra o mal. Similarmente, o Salmista disse, “Não aborreço eu, ó Senhor, aqueles que Te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra Ti? Aborreço-os com ódio completo” (Sl 139:21-22). O Senhor Jesus, que é perfeito e sem pecado, ficou irado quando Ele viu bênção sendo impedida ao povo necessitado (Mc 3:5, 10:14). Paulo acrescenta, “não pequeis”, porque precisamos estar atentos para que o que começa como uma justa ira não termine em furor carnal.
                   Alguns, ao lerem: “Não se ponha o Sol sobre a vossa ira” pensam que Paulo estaria dizendo que não devêssemos ir para a cama irados, mas resolver as coisas em nossa alma, diante do Senhor, pelo julgamento próprio, no mesmo dia que elas acontecem. Contudo, aqui não está falando do Sol se pôr literalmente; é linguagem figurativa que fala de manter a justa ira viva. Não podemos permitir que nossa justa ira contra o pecado diminua, senão nos tornaremos indiferentes ao mal. A figura é tomada de Js 10:12-14, quando ele clamou a Deus para manter o Sol brilhando até que os exércitos de Israel tivessem executado o juízo em seus inimigos. O ponto da exortação é que nunca devemos nos tornar complacentes com o mal. Devemos ter sempre uma ira saudável, eterna e justa contra o mal. De novo, o Senhor Jesus é um exemplo disso. Ele mostrou justa ira no templo em relação aos comerciantes. Duas vezes Ele expulsou os comerciantes: uma vez no começo do Seu ministério (Jo 2:14-17) e outra vez no final da Sua vida (Mt 21:12-13). Sua atitude em relação a esse pecado não havia diminuído.
                   No versículo 27, Paulo acrescenta que precisamos ser cuidadosos de não dar “lugar ao diabo”. Isto acontece quando deixamos nossa ira contra o pecado diminuir. Indiferença pelo mal de qualquer tipo abre a porta para o diabo trabalhar em nossas vidas.

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